3. Pelo Ambiente e pelos os Animais

​​A crise climática foi criada pelo atual modelo socio-económico que, ao mesmo tempo que levou o planeta ao abismo, criou desigualdade social. A resposta é a justiça climática e social que também é responsabilidade das autarquias. Apesar de Viseu ter o epíteto de “cidade jardim” muito ainda há a fazer no domínio ambiental e os desafios são grandes.

O poder local tem também uma grande responsabilidade na garantia do bem estar animal. Desde a segunda década do séc. XX que a competência relativa ao bem-estar de animais de companhia, errantes e assilvestrados é dos municípios, no entanto Viseu tem tardado em avançar com iniciativas que concretizem essa responsabilidade.

Um concelho que protege o ambiente é um concelho mais rico:

  • Fim da utilização de herbicidas como o Glifosato no espaço público. Tem afetado animais e há fortes indícios de ser cancerígena para o ser humano;
  • Proteção dos cursos de água do concelho, nomeadamente do Pavia e seus afluentes, que necessitam de uma abordagem profunda de revitalização;
  • Alteração do PDM para proteção de recursos hídricos e florestais, com uma visão de futuro para a mobilidade;
  • Classificação do património natural da Mata do Fontelo, valorizando-o como um ecossistema único e como um potencial pólo de educação ambiental, aproveitando edifícios já existentes para esse fim;
  • Alargamento da mata do Fontelo com a compra dos terrenos limítrofes e a criação de uma zona natural até ao bairro de Santa Eugénia;
  • Diligenciamento da reabertura do Parque de Campismo, de modo a captar turistas amantes da calma e beleza natural daquele espaço privilegiado no centro da cidade;
  • Manutenção contínua de espaços verdes e de lazer, nomeadamente do Monte de Santa Luzia e do Parque Urbano da Aguieira, entre outros;
  • Criação de um programa municipal de controle e mitigação de espécies invasoras que responda a problemas como o do Crasto;
  • Estabelecimento de um plano de implementação local para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e apoio a projetos de educação e sensibilização ambiental em todas as freguesias através de um financiamento plurianual;
  • Implementação de compostores comunitários em espaço urbano de forma a reduzir o lixo doméstico e a criação de matéria orgânica que pode ser utilizada nos jardins públicos, ou em hortas comunitárias;
  • Aumento da frequência da recolha do lixo nos pontos de reciclagem e da regularidade da limpeza deste mobiliário urbano;
  • Substituição gradual dos contentores e moloks por contentores mais higiénicos, com pedal, e de mais fácil identificação, dado que muitas vezes, ao serem recolocados pelas equipas de recolha, ficam com os paineis identificativos dos materiais a reutilizar pouco ou nada visível;
  • Colocação de mais oleões, pilhões e elétrons, entre outros, para uma recolha diferenciada e eficiente;

Prevenir e investir para um concelho com pessoas no mundo rural e livre do desastre dos grandes incêndios:

  • Criação de equipa municipal de sapadores florestais para um trabalho contínuo de intervenção preventiva na floresta;
  • Melhorar as condições e o número de efectivos dos bombeiros sapadores;
  • Apoio reforçado à ação da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Viseu;
  • Apoio à colocação de sistemas ativos de prevenção anti-incêndios em zonas de risco onde existem habitações ou explorações agrícolas;
  • Apoio ao cooperativismo agrícola;
  • Defesa de uma PAC (Política Agrícola Comum) que não esqueça a floresta e a agricultura de menores dimensões, nomeadamente a biológica.

Por um concelho amigo dos animais:

  • Defesa de um CROA (Centro de Recolha Oficial de Animais) público, transparente e aberto à comunidade;
  • Implementação de um programa CED (Captura Esterilização Devolução) transparente e efetivo, com capacidade para de intervenção em todo o concelho;
  • Criação de um “santuário” para os gatos com doenças transmissíveis que não podem ser devolvidos, evitando assim a eutanásia a animais que podem ser adoptados;
  • Esterilização gratuita de todos os animais pertencentes a famílias carenciadas ou adoptados no município;
  • Isenção do pagamento de licença e de colocação do Microchip para todos os animais no concelho;
  • Colocação do Microchip em animais errantes e comunitários em nome da autarquia para que estes tenham acesso a cuidados veterinários e para que os tratadores de colónias não sejam penalizados;
  • Instalação de equipamentos de apoio a quem cuida e alimenta animais errantes e comunitários, e colabora na rua Captura, Esterilização e Devolução ou Adoção;
  • Proibição de espetáculos que inflijam danos físicos ou psicológicos a animais, como por exemplo circos com animais, garraiada e touradas;
  • Fim da promoção e utilização de animais para fins de entretenimento, tal como sucede atualmente na Feira de São Mateus;
  • Promoção de opções de alimentação sem o uso de produtos de origem animal nas cantinas e eventos públicos.
2. POR UM CONCELHO PARA TODA A GENTE
4. REPENSAR A MOBILIDADE
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